Isabella Chaves Sousa
Mestre em Ciência Animal pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), possui graduação em Medicina Veterinária pela mesma instituição e graduação em Ciências Aquáticas pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Atualmente é doutoranda em Biotecnologia pela Rede Nordeste de Biotecnologia (RENORBIO) e vinculada ao Laboratório de Controle de Parasitos (LCP/UFMA) desenvolvendo projetos com produtos naturais e controle de parasitos.
O carrapato Rhipicephalus microplus é o principal ectoparasito de bovinos nos países das regiões tropicais e subtropicais. Estima-se que no Brasil essa espécie ocasione perdas anuais de aproximadamente U$3,24 bilhões de dólares aos pecuaristas.
O controle do carrapato dos bovinos é quase que exclusivamente realizado pela utilização de carrapaticidas e inúmeros relatos de populações resistentes são descritos. Vários testes fenotípicos vêm sendo utilizados para o diagnóstico de resistência a acaricidas, porém, todos eles são extremamente demorados e trabalhosos, principalmente aqueles com etapa de contagem diferencial de larvas vivas e mortas. Essa etapa é feita de forma manual e subjetiva, o que limita a realização de um número grande de testes e comparação dos resultados entre os diversos laboratórios.
Por isso, a doutoranda em Biotecnologia pela Rede Nordeste de Biotecnologia (RENORBIO) e vinculada ao Laboratório de Controle de Parasitos da Universidade Federal do Maranhão (LCP/UFMA), Isabella Sousa, juntamente com Weslley Kelson, doutorando vinculado ao Núcleo de Computação Aplicada da UFMA, desenvolveram e validaram um software para avaliação de mortalidade de larvas do carrapato bovino Rhipicephalus microplus em testes in vitro. “O objetivo do trabalho foi desenvolver e validar um novo método de contagem automática de larvas de carrapatos para uso em testes in vitro de resistência. A automação de etapas de métodos existentes é algo extremamente desejável.”, destacou Isabella Sousa.
O software já é considerado inovador, pois não existe no mercado nenhum produto voltado para realização de testes carrapaticidas de forma automatizada. “Esse produto pode, inclusive, a partir de adaptações futuras, ser adaptado à análise da mortalidade de outros organismos”, disse a doutoranda.
Isabella Chaves Sousa
Mestre em Ciência Animal pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), possui graduação em Medicina Veterinária pela mesma instituição e graduação em Ciências Aquáticas pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Atualmente é doutoranda em Biotecnologia pela Rede Nordeste de Biotecnologia (RENORBIO) e vinculada ao Laboratório de Controle de Parasitos (LCP/UFMA) desenvolvendo projetos com produtos naturais e controle de parasitos.
O carrapato Rhipicephalus microplus é o principal ectoparasito de bovinos nos países das regiões tropicais e subtropicais. Estima-se que no Brasil essa espécie ocasione perdas anuais de aproximadamente U$3,24 bilhões de dólares aos pecuaristas.
O controle do carrapato dos bovinos é quase que exclusivamente realizado pela utilização de carrapaticidas e inúmeros relatos de populações resistentes são descritos. Vários testes fenotípicos vêm sendo utilizados para o diagnóstico de resistência a acaricidas, porém, todos eles são extremamente demorados e trabalhosos, principalmente aqueles com etapa de contagem diferencial de larvas vivas e mortas. Essa etapa é feita de forma manual e subjetiva, o que limita a realização de um número grande de testes e comparação dos resultados entre os diversos laboratórios.
Por isso, a doutoranda em Biotecnologia pela Rede Nordeste de Biotecnologia (RENORBIO) e vinculada ao Laboratório de Controle de Parasitos da Universidade Federal do Maranhão (LCP/UFMA), Isabella Sousa, juntamente com Weslley Kelson, doutorando vinculado ao núcleo de computação aplicada da UFMA, desenvolveram e validaram um software para avaliação de mortalidade de larvas do carrapato bovino Rhipicephalus microplus em testes in vitro. “O objetivo do trabalho foi desenvolver e validar um novo método de contagem automática de larvas de carrapatos para uso em testes in vitro de resistência. A automação de etapas de métodos existentes é algo extremamente desejável.”, destacou Isabella Sousa.
O software já é considerado inovador, pois não existe no mercado nenhum produto voltado para realização de testes carrapaticidas de forma automatizada. “Esse produto pode, inclusive, a partir de adaptações futuras, ser adaptado à análise da mortalidade de outros organismos”, disse a doutoranda.
Desenvolvimento do software
O software para diferenciação de larvas vivas e mortas foi desenvolvido utilizando o algoritmo de vaga-lume para segmentação das larvas, associado ao fast radial symmetry transform (FRST) e ao rastreamento baseado no deslocamento de partículas. Em seguida, o software passou pelo processo de validação.
Isabella Sousa sublinhou que, após todo o processo, o método de contagem automática se mostrou robusto para os diferentes compostos testados, mostrando que o mesmo, apesar de ainda ter pontos a serem otimizados, pode ser considerado uma alternativa viável para determinação do percentual de mortalidade de larvas de carrapatos.
Nas próximas etapas, haverá o incremento de novas funcionalidades do software, como a possibilidade de realização de cálculos de mortalidade, cálculos de concentrações letais, além da diminuição do tempo de processamento e análise dos vídeos.
A FAPEMA e o fomento da biotecnologia no estado
O projeto de Isabella Sousa faz parte da proposta intitulada “desenvolvimento de produtos biotecnológicos para controle de artrópodes”, coordenada pelo professor Lívio Martins Costa Junior, e que foi contemplado no edital de Institutos Estaduais e Ciência e Tecnologia (IECT) na área de Biotecnologia da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA).
O edital teve como objetivo apoiar projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação na área de biotecnologia, desenvolvidos nas instituições de pesquisa e/ou de ensino superior, públicas ou privadas, sem fins lucrativos, sediadas no Maranhão, no intuito de consolidar o IECT Biotecnologia.
Para a doutoranda Isabella Sousa, a FAPEMA, é essencial para o funcionamento do Laboratório de Controle de Parasitos (LCP-UFMA) ao qual é vinculada, especialmente para a manutenção das cepas de carrapatos utilizados nos testes deste e de outros projetos. “Além disso, e não menos importante, os alunos de doutorado vinculados a este projeto são bolsistas de edital CAPES/FAPEMA”, concluiu.
Conheça os demais pesquisadores envolvidos nessa tecnologia desenvolvida sob a, coordenação do professor Lívio Martins Costa Junior e do professor Aristófanes Corrêa Silva.
– Livio Martins Costa Junior
(Coordenador) Possui graduação em Medicina Veterinária (UEMA), mestrado e doutorado em Parasitologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com doutorado Sanduiche na Universidade de Munique (Ludwig-Maximilians), Alemanha. Pós doutorado no USDA, Estados Unidos e no Roslyn Institute da Universidade de Edinburgh, Escócia. Atualmente é professor associado do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da UFMA.
– Aristófanes Corrêa Silva
Possui graduação em Ciências da Computação (UFMA), mestrado em Engenharia de Eletricidade (UFMA) e doutorado em Informática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2004). Atualmente é professor titular da UFMA.
– Guilherme Marcondes Klafke
Graduado em Medicina Veterinária pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP). Mestre e doutor em Ciências (Biologia da Relação Patógeno-Hospedeiro) pelo Departamento de Parasitologia do Instituto de Ciências Biomédicas da USP. Pós Doutorado no USDA – Agriculture Research Service. Atualmente é pesquisador do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, Secretaria da Agricultura do Governo do Estado do Rio Grande do Sul e Pesquisador Associado ao INCT-Entomologia Molecular.
– Weslley Kelson Ribeiro Figueredo
Possui mestrado e graduação em Ciência da Computação (UFMA). Atualmente é doutorando em Ciência da Computação (UFMA/UFPI). Tem experiência na área de Ciência da Computação, com ênfase em processamento de imagens.
– Caio Pavão Tavares
Graduado (bacharelado e licenciatura) em Ciências Biológicas (UFMA). Mestre em Saúde e Ambiente (UFMA). Doutorando em Ciências da Saúde (PPGSC/UFMA). Desenvolve projetos em biotecnologia, produtos naturais e controle de parasitos. Pesquisador do Laboratório de Controle de Parasitos (UFMA) e colaborador do Grupo BIOMESC, do Núcleo de Imunologia Básica e Aplicada (UFMA).
– Matheus Nobate Gomes
Cursa Licenciatura em Ciências Biológicas (UFMA). Bolsista pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica. Atualmente, é membro do Laboratório de Controle de Parasitos (UFMA).