
Chegamos a mais uma realização do Prêmio Fapema, este ano com a homenagem ao ativista internacional, político e jornalista maranhense José Guimarães Neiva Moreira, em seu aniversário de 100 anos de nascimento. A trajetória de Neiva Moreira deve ser relembrada em um momento em que as garantias de direitos civis e trabalhistas têm sido duramente ameaçados por forças reacionárias de movimentos sociais e políticos. Ao mesmo tempo em que o homenageamos, recebemos dele exemplo e energia para lutarmos pela instituição da democracia e pela garantia dos direitos individuais e coletivos dos cidadãos brasileiros.
Nesta edição da Revista Inovação damos destaques a pesquisas que abordam eixos que representam as lutas sociais de Neiva Moreira: o exercício da carreira política em prol da criação de políticas públicas, a democratização do acesso à informação e a colaboração com países da África. A matéria de capa (página 10) apresenta um histórico sobre a vida e obra de Neiva, além de um texto sobre a 13ª edição do Prêmio Fapema. Entrevistamos a professora e jornalista, Beatriz Bissio, que juntamente a Neiva Moreira e aos jornalistas argentinos Pablo Pia e Julia Constenla criaram a Revista Cadernos do Terceiro Mundo, publicação que difunde movimentos de resistência e libertação nacional na América Latina, Ásia e África, por mais de 30 anos de exercício de jornalismo (página 20).
A partir da página (26) começam as reportagens que divulgam pesquisas desenvolvidas por professores de nossas Instituições de Ensino Superior (IES). Temos dois títulos que discutem ativismo político: Maranhenses engajados pela redemocratização e Lutas quilombolas por direitos territoriais (página 28). Na área de comunicação pública divulgamos importantes pesquisas sobre rádio e televisão: A radiodifusão faz valer a voz das comunidades (página 32). Apresentamos uma reportagem sobre a TV UFMA e a sua parceria com a Fapema (página 36). E fechamos o tema com o estudo A televisão e o papel da comunicação pública na sociedade democrática (página 42). Dois dos nossos pesquisadores consultados para esta edição têm seus objetos de estudo no continente africano e relatamos projetos nas reportagens: Mercadoras rabidantes de Cabo Verde (página 48) e Um prato fundo pra toda fome que há no mundo (página 42).
Maristela Sena|Editora