Revista Inovação FAPEMA

Estudo sobre personagens de Maria Firmina dos Reis recebe Prêmio FAPEMA

A pesquisadora analisou as personagens na obra Úrsula (1859) e no conto A Escrava (1887)

A pesquisa empregou uma abordagem que combina análise qualitativa e quantitativa para examinar as personagens

Luisa Mara Silva Lima

Estudante do curso de Licenciatura em Letras na Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), em Caxias, e do curso técnico em Agropecuária no Instituto Federal de Educação do Maranhão (IFMA).

Bolsista do Programa Institucional de Iniciação Científica . Integrante do grupo de pesquisa Literatura, Artes e Mídias e do núcleo de pesquisa em Informática, Literatura e Linguística.

Interessa-se por personagens da literatura maranhense, agricultura familiar, agroflorestal e agroecologia.

A literatura brasileira é um rico tesouro de histórias, vozes e perspectivas. E a obra da renomada escritora maranhense Maria Firmina dos Reis ressoa como um marco significativo. Por meio da exploração dos intricados retratos das personagens masculinas e femininas criadas pela autora, a pesquisadora Luisa Mara Silva Lima, da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), analisou a caracterização das personagens na obra Úrsula (1859) e no conto A Escrava (1887). Reconhecido pelo Prêmio FAPEMA 2023, o estudo destaca a importância da obra de Maria Firmina dos Reis, bem como o papel crucial da pesquisa literária na compreensão da sociedade e na promoção da diversidade e inclusão. O estudo foi vencedor na categoria Jovem Cientista – Letras e Artes. 

A pesquisa, que teve a orientação do professor Emanoel Cesar Pires Assis, empregou uma abordagem que combina análise qualitativa e quantitativa para examinar as personagens e seus contextos histórico-sociais. “Os resultados revelaram que as obras de Maria Firmina dos Reis são marcadas por personagens complexas que desafiam estereótipos de gênero, raça e classe. As personagens femininas são retratadas como fortes e independentes, desafiando as normas de gênero da época, enquanto os personagens masculinos muitas vezes são associados a perfis cruéis. Além disso, a autora busca humanizar as experiências dos personagens negros, desafiando estereótipos e promovendo uma representação autêntica na literatura”, explica Luisa Lima.

Ela destaca que o estudo não apenas contribui para o entendimento da literatura maranhense e brasileira, mas também tem impactos sociais significativos. “Ao destacar a importância de Maria Firmina dos Reis como uma das primeiras romancistas brasileiras e a primeira romancista negra do Brasil, a pesquisa promove a diversidade e a inclusão em todos os campos. Além disso, ao explorar temas sociais, raciais e de gênero relevantes para debates contemporâneos, a obra da autora continua a fornecer insights valiosos para questões atuais”, pontua a pesquisadora.

O apoio da FAPEMA no desenvolvimento da pesquisa, segundo Luisa Lima, foi crucial. “Como instituição de fomento à pesquisa, a FAPEMA desempenha um papel fundamental ao fornecer recursos e suporte para pesquisadores, estimulando a produção de conhecimento e promovendo a colaboração entre diferentes setores da sociedade”, destaca.

Esse é o terceiro prêmio conquistado pela pesquisadora destacando-se, assim, o seu compromisso e contribuição para a expansão da crítica literária maranhense. “Ganhar o Prêmio FAPEMA não apenas reconhece o trabalho dos pesquisadores, mas também promove a literatura maranhense e brasileira, incentivando a continuidade da pesquisa e a busca pela excelência. Esse reconhecimento contribui não apenas para a carreira individual dos pesquisadores, mas também para o avanço da pesquisa literária e o fortalecimento da identidade cultural do Maranhão” diz.

O estudo sobre as personagens de Maria Firmina dos Reis representa um marco na pesquisa literária maranhense, destacando a importância da obra da autora e o seu impacto duradouro na sociedade brasileira. Além disso, o reconhecimento no Prêmio FAPEMA 2023 ressalta o compromisso dos pesquisadores com a excelência e promove a valorização da literatura brasileira e a diversidade cultural.

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