Pesquisa conquistou o 2º lugar na categoria Pop Vídeo do Prêmio Fapema 2022
Ramon de Sá Pereira
Mestre em Física pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com licenciatura na mesma área pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA).
Foi bolsista por dois anos do projeto Observatório Astronômico da Física (OBAFIS), tendo conquistado o prêmio de Jovem Extensionista (2017).
Foi bolsista da CAPES pelo Programa de Residência Pedagógica.
Compreender o lugar do ser humano no mundo e melhor caracterizar o processo de formação dos elementos celestes. Este é o objetivo da pesquisa ‘Uma análise das tensões cosmológicas à luz dos recentes dados observacionais’, do mestre em Física, Ramon de Sá Pereira e da doutora da Universidade Federal Fluminense, Leila Lobato Graef.“Na medida em que supomos um modelo mais consistente com os diferentes dados observacionais, estamos cada vez mais dando precisão à história da evolução do universo. E além disso, compreendemos melhor as fases de domínio das componentes energéticas do universo. Assim, o nosso lugar na história do universo pode ser melhor compreendido e, também, qual deve ser o destino desse ambiente magnífico que hospedamos”, pontuou Ramon Pereira.
O trabalho é pautado na área da cosmologia, que estudo a origem e composição do universo. No modelo Lambda-CDM – abreviação para Lambda-Cold Dark Matter (lambda-matéria escura fria). A partir das pesquisas, eles conseguiram uma descrição consistente do universo e uma boa concordância com os dados observacionais.
No entanto, eles observaram que este modelo possui algumas inconsistências teóricas, como, por exemplo, o problema da tensão na constante de Hubble (H0) e em sigma-8. Os pesquisadores explicam que essa questão consiste na diferença dos valores desses parâmetros no modelo padrão, quando inferidos utilizando diferentes observações cosmológicas. “Buscamos uma extensão ao modelo padrão para tentarmos aliviar essas tensões cosmológicas, com os dados observacionais mais recentes disponíveis”, frisou Ramon Pereira.
O apoio da FAPEMA foi fator crucial para a conclusão da pesquisa. “Foi uma luz no fim do túnel, como quando um lampejo de esperança aparece diante de uma situação adversa. A FAPEMA, para todos os pesquisadores do Maranhão, e especialmente como foi para mim, é essa luz”, enfatizou.
Ele destacou o momento em que o trabalho foi executado e o compromisso da FAPEMA. “Enquanto atravessávamos um período de completo apagão científico, a FAPEMA, por sua vez, mostrou-se ciente da importância da ciência na sociedade. A instituição aumentou a disponibilização de ferramentas para a pesquisa nas mais diversas áreas do conhecimento e das diferentes etapas da produção científica. Outro fator importante foi a correção das bolsas de estudo, o que tornou nosso trabalho apto a ser inserido nas principais fundações de incentivo à pesquisa do país”, explicou.
Ele acrescenta ainda que, a FAPEMA “foi extremamente importante, uma vez que quando iniciei minha pesquisa de mestrado não fui contemplado com bolsa de estudo e foi no período mais difícil da pandemia”. Com o financiamento ele obteve a oportunidade de permanecer no curso e de concluí-lo. “Isso mostra a sensibilidade que a FAPEMA tem sobre a importância da ciência na construção da sociedade, ao mesmo tempo em que nós, pesquisadores, temos a garantia de que através desse financiamento podemos desenvolver nossos trabalhos de maneira mais confortável”, concluiu Ramon Pereira.
Assista ao vídeo premiado: