Revista Inovação FAPEMA

Cooperação internacional analisa dados para fortalecer SUS no Maranhão e em São Paulo

A cooperação Internacional proporciona o crescimento e o desenvolvimento científico

Maria Teresa Seabra Soares de Britto e Alves

Graduada em Medicina pela Universidade de Brasília (UnB) com residência em Clinica Médica pela Fundação Hospitalar do Distrito Federal (DF), é mestre em Saúde e Ambiente pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e doutora em Medicina (Medicina Preventiva) pela Universidade de São Paulo (USP). É professora titular da UFMA e médica da rede estadual de saúde do Maranhão. É bolsista de produtividade em pesquisa pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em saúde pública, atuando, principalmente, nos seguintes temas: avaliação de serviços de saúde, HIV, HIV/AIDS, assistência à mulher, Quality of care e assistência ao parto.

How Is The Current Crisis Reshaping Brazil’s Health System? Strengthening Health Workforce And Provision Of Services In São Paulo And Maranhão

Esse é o título do projeto submetido pela médica e professora titular da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Maria Teresa Seabra Soares de Britto e Alves, ao edital nº 009/2018 CONFAP-MRC – Call For Health Systems Research Networks.

Lançado por meio do Acordo de Cooperação (COOPI) nº 00709/18, firmado entre o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa do país e o Conselho Britânico, o edital visa apoiar a execução de projetos conjuntos de cooperação internacional de pesquisa entre cientistas de instituições de ensino e pesquisa do Maranhão, de outros estados brasileiros e pesquisadores britânicos, com foco em pesquisas sobre sistemas públicos de saúde, particularmente o Sistema Único de Saúde (SUS).

A proposta apresentada ao edital, por Maria Teresa Seabra, tem por objetivo central compreender as diferentes maneiras como a crise econômica brasileira afeta o sistema de saúde e sua força de trabalho, particularmente os médicos. “Vamos mapear e analisar dados e evidências dos efeitos de crises sobre sistemas de saúde, em particular sobre o sistema de saúde brasileiro; gerar hipóteses e mensurar o impacto nos trabalhadores da saúde e profissionais médicos que trabalham em São Paulo e Maranhão, nos subsistemas público e privado do sistema de saúde”, destaca. “Além disso, outro objetivo é o de identificar medidas cabíveis que garantam a sustentabilidade do sistema, da prestação de serviços e da proteção em saúde para populações em situação de vulnerabilidade”, complementa.

Maria Teresa Seabra Soares de Britto e Alves

Graduada em Medicina pela Universidade de Brasília (UnB) com residência em Clinica Médica pela Fundação Hospitalar do Distrito Federal (DF), é mestre em Saúde e Ambiente pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e doutora em Medicina (Medicina Preventiva) pela Universidade de São Paulo (USP). É professora titular da UFMA e médica da rede estadual de saúde do Maranhão. É bolsista de produtividade em pesquisa pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em saúde pública, atuando, principalmente, nos seguintes temas: avaliação de serviços de saúde, HIV, HIV/AIDS, assistência à mulher, Quality of care e assistência ao parto.

“How Is The Current Crisis Reshaping Brazil's Health System? Strengthening Health Workforce And Provision Of Services In São Paulo And Maranhão”

Esse é o título do projeto submetido pela médica e professora titular da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Maria Teresa Seabra Soares de Britto e Alves, ao edital nº 009/2018 CONFAP-MRC – Call For Health Systems Research Networks.

Lançado por meio do Acordo de Cooperação (COOPI) nº 00709/18, firmado entre o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa do país e o Conselho Britânico, o edital visa apoiar a execução de projetos conjuntos de cooperação internacional de pesquisa entre cientistas de instituições de ensino e pesquisa do Maranhão, de outros estados brasileiros e pesquisadores britânicos, com foco em pesquisas sobre sistemas públicos de saúde, particularmente o Sistema Único de Saúde (SUS).

A proposta apresentada ao edital, por Maria Teresa Seabra, tem por objetivo central compreender as diferentes maneiras como a crise econômica brasileira afeta o sistema de saúde e sua força de trabalho, particularmente os médicos. “Vamos mapear e analisar dados e evidências dos efeitos de crises sobre sistemas de saúde, em particular sobre o sistema de saúde brasileiro; gerar hipóteses e mensurar o impacto nos trabalhadores da saúde e profissionais médicos que trabalham em São Paulo e Maranhão, nos subsistemas público e privado do sistema de saúde”, destaca. “Além disso, outro objetivo é o de identificar medidas cabíveis que garantam a sustentabilidade do sistema, da prestação de serviços e da proteção em saúde para populações em situação de vulnerabilidade”, complementa.

“Eu soube da chamada de cooperação internacional por meio de uma colega professora do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da UFMA, que esteve presente pela FAPEMA na reunião inicial de pactuação do acordo”, informou. “Após o lançamento do edital se iniciou a parceria entre a USP e a Queen Mary University of London para elaboração do projeto a ser submetido”, comenta a médica entusiasmada por sua aprovação.

A necessidade de desenvolver a proposta estruturada em uma rede esteve presente na gênese do edital. Segundo Maria Teresa Seabra, o critério primordial para participação era a inclusão de, no mínimo, duas instituições de dois diferentes estados brasileiros e uma instituição estrangeira. “O fato de já termos desenvolvidos outros projetos de cooperação técnica com o Departamento de Medicina Preventiva da USP facilitou o estabelecimento dessa nova cooperação”, cita.

Após os contatos iniciais entre os principais investigadores das três instituições necessárias foi formada a equipe de pesquisadores que desenvolveu projeto e é responsável pela a execução. A cooperação técnica internacional é considerada critério principal de avaliação dos programas de pós-graduação, reconhecidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). “Esse fato já define o interesse do programa em buscar incentivos à internacionalização de modo ativo, respondendo rapidamente às iniciativas existentes, com a que este edital nos apresentou”, completa a pesquisadora.

Metodologias

O projeto utiliza abordagem qualitativa e quantitativa devido à complexidade para ser realizado, sendo necessária a coleta de dados. De acordo com a pesquisadora, em cada uma das abordagens foram utilizadas diferentes técnicas de produção de dados. No primeiro momento, foi utilizada a pesquisa em fontes secundárias públicas disponíveis nos bancos de dados de sistemas públicos, como por exemplo, Contas Nacionais de Saúde, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Agência Nacional de Saúde Suplementar e sistema de informações do orçamento de saúde pública. No segundo momento foi utilizada a estratégia de entrevista guiada por roteiro semiestruturado com informantes chaves da gestão de saúde (secretarias estaduais de saúde) e de serviços públicos e privados de saúde. “O terceiro momento é essencial porque envolve um inquérito de base populacional com médicos nos dois estados com a finalidade de compreender da melhor forma possível o impacto da crise econômica no seu trabalho”, esclarece.

 A pesquisadora informa que começou a colocar em prática o projeto a partir do repasse dos recursos financeiros ocorrido em julho de 2018, logo nas primeiras reuniões interinstitucionais. A primeira oficina realizada tinha a finalidade de integração da equipe das três universidades envolvidas e pactuação das atividades a serem desenvolvidas, assim como adequações do projeto. “Essas oficinas passaram a se realizar presencialmente duas vezes ao ano e virtualmente com periodicidade mensal ou mais frequente, quando necessário”, disse.

As atividades presenciais planejadas, a partir do segundo ano do projeto, foram suspensas em virtude da pandemia da COVID -19 e a última oficina presencial ocorreu em dezembro de 2019. A médica relata que os dois primeiros momentos foram realizados em sua integralidade e no prazo planejado. A pesquisa está na atualidade em fase de aplicação do questionário do inquérito com os médicos e essa fase sofreu adaptações por conta da pandemia da COVID-19. O questionário foi refeito para incluir o impacto da crise sanitária no trabalho médico, fator que se mostrou muito maior do que a crise econômica. “A aplicação [do questionário] foi prorrogada em virtude da baixa disponibilidade dos médicos para responderem devido à sobrecarga de trabalho na fase mais crítica do período pandêmico”, declara Maria Teresa Seabra.

Benefícios e resultados da cooperação internacional

Para a pesquisadora, o primeiro benefício da cooperação Internacional é o crescimento e o desenvolvimento científico que as cooperações interdisciplinares promovem. A interação entre diferentes áreas do conhecimento permite ampliação das visões de mundo, bem como reflexões mais complexas, além de aumentar o capital social dos indivíduos, no caso, o capital profissional dos pesquisadores envolvidos. Em consequência, existe a produção de novos conhecimentos potencializados pela cooperação, aumento da sua divulgação e da produção cientifica do grupo. “Estamos desenvolvendo uma nova área de pesquisa no Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva e amadurecendo as linhas de pesquisa mais incipientes”, ressalta Maria Teresa Seabra.

A pesquisadora pontuou acerca da atuação da FAPEMA como importante estratégia para o Maranhão. “A FAPEMA cumpre um importante papel no desenvolvimento científico e tecnológico para este estado. Sem apoio, a cooperação técnica entre diferentes programas/grupos de pesquisa empobrece a ciência e o desenvolvimento das pessoas”, conclui,

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