“O fluxo dos materiais na feitura da bola de mangaba em Patizal: reflexões sobre sustentabilidade” – A imaginação e a criatividade juntas são ótimas para fazer grandes ideias. Com esses princípios, os moradores do povoado de Patizal, a 30 km da sede do município Morros (MA), desenvolveram a Bola de Mangaba. A produção do brinquedo, que sobrevive graças à procura de seus pequenos clientes e à sabedoria tradicional de seus fabricantes, foi tema de estudo dos pesquisadores Camila Andrade (IFMA), doutoranda em Design pela Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa (com bolsa da FAPEMA), Raquel Noronha (UFMA), doutora em Ciências Sociais; e pelo estudante de Agronomia Josué Silva (IFMA), morador do povoado. A confecção das bolas é feita de modo artesanal usando o látex das mangabeiras (árvores nesse território), com técnicas transmitidas por gerações e que mantém essa tradição. O objetivo do trabalho dos pesquisadores é narrar as experiências de encontro entre pessoas, materiais e ambientes e promover reflexões sobre sustentabilidade, “um olhar atencional para quem produz vinculado à vida, à brincadeira, e a relação com as ‘coisas’, em detrimento de uma relação de consumo, no sentido de uma objetificação daquilo que é consumido”, como pontua trecho do artigo das pesquisadoras moldadas pela teoria em design antropologia (DA).