A FAPEMA tem contribuído com aumento da oferta, melhoria da qualidade dos cursos e o incremento da pesquisa e inovação


UEMASUL: quatro programas em sete anos
A mais nova instituição pública desse ecossistema, por exemplo, a UEMASUL iniciou as suas atividades a pouco mais de sete anos, em Imperatriz, com a missão de promover o desenvolvimento regional que contempla 22 municípios, sob a condução da professora Elizabeth Nunes Fernandes.
E logo depois, em 2019, foi iniciado o seu primeiro programa de pós-graduação com o mestrado profissional em Letras, com o pioneirismo dos pesquisadores Gilberto Freire de Santana e Maria da Guia Taveiro Silva.
No ano de 2024 houve a aprovação de três novos programas: mestrado profissional em Ciências Ambientais, o mestrado acadêmico em Agricultura Sustentável e Segurança Alimentar e o mestrado profissional em rede em Processos e Tecnologias Educacionais.

Universidade CEUMA: evolução gradativa em 35 anos
Na Universidade CEUMA, as ações de pós-graduação se iniciaram em 2007, por meio do programa de Mestrado em Odontologia, com a recomendação pela CAPES na área de Concentração em Ortodontia. “Naquela época, essa área de concentração era a única da região Norte-Nordeste e possibilitou a capacitação de profissionais de quase todos os estados desta região”, ressalta o pró-reitor de Pós-graduação e Pesquisa, Luís Cláudio Nascimento. “Esse aprimoramento e a geração de profissionais qualificados são essenciais para a região e o nosso programa tem contribuído de forma efetiva e progressiva para isso”, prossegue.
O programa de pós-graduação em Odontologia foi implantado durante a gestão do professor Valério Monteiro Neto à frente da Pró-reitoria de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão da UNICEUMA. Os pesquisadores pioneiros foram Júlio de Araújo Gurgel, Rudys Rodolfo de Jesus Tavarez, Marcos Andres dos Santos Silva, Etevaldo Matos Maia Filho, Célia Maio Pinzan-Vercelino, Fausto Silva Bramamte, Ana Paula Brito e Fernando Jorge Mendes Ahid, com a colaboração dos professores Silvio Gomes Monteiro e Valerio Monteiro Neto.
A FAPEMA tem sido crucial para o desenvolvimento da pesquisa acadêmica na Universidade CEUMA, na avaliação de Cláudio Nascimento. ”Ao disponibilizar bolsas de mestrado e doutorado, além de bolsas de iniciação científica e pós-doutorado, a FAPEMA incentiva a continuidade dos estudos e garante que os alunos possam se dedicar integralmente às suas pesquisas, contribuindo significativamente para a produção científica da universidade”, afirma.

“A oferta de auxílios para a compra de insumos, equipamentos e pagamento dos custos de publicação, pela FAPEMA, é essencial para que os pesquisadores possam conduzir seus estudos com a qualidade e o rigor necessários, além de permitir que os resultados das pesquisas sejam divulgados em revistas científicas de renome”, ressalta Cláudio.
A concessão de auxílio para a realização de eventos também é destacada pelo pró-reitor, por proporcionar a divulgação das pesquisas realizadas na UNICEUMA e possibilitar a mobilidade de pesquisadores de outros estados e países. “Esses eventos são oportunidades valiosas para que discentes e docentes se atualizem em temas relevantes e estabeleçam colaborações frutíferas”, destaca. Essa mobilidade acadêmica possibilitada por meio de editais de estágios nacionais e internacionais e de cooperação internacional também são consideradas, pelo pró-reitor, como iniciativas de extrema importância para a pós-graduação. “Ela permite que os alunos e professores tenham experiências enriquecedoras em outras instituições, ampliando suas redes de contato e colaborando para a internacionalização da universidade, com participação nas principais discussões científicas globais, contribuindo, assim, para o crescimento contínuo da pós-graduação na Universidade CEUMA”, finaliza.
IFMA: ampliação qualitativa com sete programas
A inserção do IFMA no cenário da pós-graduação ocorreu ao longo das últimas décadas, alinhada às políticas educacionais de formação continuada e ao aumento da demanda por qualificação profissional no estado. A data exata de criação do primeiro curso de pós-graduação no IFMA remonta aos anos 2004, quando a instituição ainda funcionava como Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão (CEFET).
O marco mais relevante nessa trajetória ocorreu quando o CEFET implantou seu primeiro programa de pós-graduação, o Mestrado Acadêmico em Engenharia de Materiais (PPGEM), que iniciou as suas atividades em março de 2005.
O início do PPGEM se deu com a criação do curso de pós-graduação lato sensu de Especialização em Engenharia de Materiais em convênio com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) – programa de excelência e pioneiro na grande área de Engenharia de Materiais. Recentemente, por recomendação da CAPES, o programa alterou sua área de atuação e nome para Mestrado Acadêmico em Ciência e Tecnologia de Materiais (PPGCTM).
Em 2008, o CEFET tornou-se Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA), com significativas mudanças em seu perfil de oferta e abrangência de cursos de nível técnico, graduação e pós-graduação ampliando seu leque de ofertas formativas.
Após esse processo de transição, novos programas foram criados: Programa de Mestrado Acadêmico em Química (2017); Programa Nacional de Educação Profissional Tecnológica (2017), Programa Nacional de Mestrado Profissional em Ensino de Física (2013), Programa de Mestrado Acadêmico em Engenharia Mecânica (2020), Programa de Doutorado em Química em Associação com a UFMA (2020) e o Programa de Mestrado Acadêmico em Produção Animal em associação com UEMA (2024).
Pioneiros e pesquisadores responsáveis
“O primeiro programa de pós-graduação do IFMA foi liderado por um grupo de professores e pesquisadores visionários, comprometidos com a missão de promover a qualificação profissional no estado”, ressalta Georgiana Marques, diretora de pesquisa da Pró-reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação do IFMA.
Dentre os pioneiros destacam-se os professores Aluísio Cabral Junior, Antonio Ernandes Paiva, Gedeon Reis, Hilton Rangel, Manuel Rivas Mercury, Marcelo Moizinho Oliveira, Ronaldo Correia e Valdemar Leal. “Eles atuaram também no desenvolvimento de linhas de pesquisa voltadas para temas cruciais, como sustentabilidade, gestão pública e desenvolvimento regional”, destaca Georgiana.
Evolução qualitativa e quantitativa com apoio da FAPEMA
No início dos programas, o número de pós-graduandos era relativamente modesto, pois existia apenas um curso de pós-graduação. “Com o fortalecimento da instituição e a expansão da oferta de outros cursos, houve um aumento expressivo no total de alunos matriculados em programas de pós-graduação”, aponta a diretora de pesquisa.


“Desde a implantação de novos cursos de pós-graduação stricto sensu, o IFMA potencializou a quantidade de diplomas de cursos de mestrado e tem adotado estratégias para melhorar a qualidade dos cursos ofertados, por meio da autoavaliação dos programas”, prossegue.
O IFMA investiu em melhorias nas estruturas de ensino e pesquisa, aprimorando o corpo docente, com mestres e doutores capacitados, e ampliando as parcerias institucionais. “Essa evolução se refletiu na maior produção acadêmica, com dissertações e trabalhos aplicados às necessidades locais”, avalia Georgiana. Ela considera que a FAPEMA é responsável pela revitalização dos programas de pós-graduação no estado. “O apoio da Fundação também foi crucial para a criação de núcleos de pesquisa dentro do IFMA, com foco em áreas prioritárias para o desenvolvimento regional”, assinala.
Os acordos estabelecidos entre o IFMA e a FAPEMA para a concessão de bolsas de mestrado e doutorado permitiram a ampliação de vagas nos processos seletivos. “Isso tem facilitado a democratização do acesso à pós-graduação e ainda permite que diversos alunos, sem vínculo empregatício, consigam concluir sua formação, com o auxílio dessas bolsas”, prossegue.
“As diferentes formas de investimentos da FAPEMA contribuem diretamente para a melhoria da qualidade dos cursos ofertados, por impactarem diretamente na participação e formação qualificada de estudantes, ampliarem os estudos e a qualificação profissional dos professores”, destaca Georgiana. “A Fundação estimula parcerias institucionais, divulgar as produções científicas do estado e mantém crescente o índice de resultados positivos dos investimentos governamentais na formação de capital humano qualificado tanto a nível regional e nacional”, conclui.
UEMA: crescimento contínuo

A Pós-graduação na UEMA nasceu em 1990, na área de Agroecologia, e posteriormente em Ciência Animal. Mas o crescimento efetivo ocorreu a partir de 2010. De acordo com o pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, Marcelo Cheche, “a Fapema foi fundamental para o incremento da pesquisa e a qualificação de pesquisadores e, nos últimos 15 anos, foi a grande responsável por esse fomento”.
UFMA: segundo maior número de programas da Amazônia Legal
O primeiro mestrado da UFMA nasceu em 1988, de acordo com a pró-reitora da Agência de Inovação, Empreendedorismo, Pesquisa, Pós-Graduação e Internacionalização da instituição (AGEUFMA), Flávia Raquel Fernandes do Nascimento. “O primeiro mestrado foi na área da Educação e o doutorado pioneiro, em 2001, foi em Políticas Públicas”, afirma. “Em 1996 foi criado o PPGSA (Saúde e Ambiente) e dele se originaram praticamente todos os programas do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde”, afirma a Flávia Raquel.
“Hoje, somos a segunda instituição da Amazônia Legal, em número de programas”, prossegue a pró-reitora. “Isto é fruto de muito trabalho investindo em qualidade e também a parceria constante da Fapema”, avalia. “A Fundação foi e é fundamental para o crescimento da pós-graduação, por meio do financiamentos dos projetos de pesquisa dos orientadores, bem como, pelos editais de apoio à pós-graduação, como o PósGrad, o Coopi (edital de cooperação internacional), o edital Pro-Equipamentos, o auxílio a publicações de artigos, livros e revistas, bem como pelo aporte de bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado”, destaca Flávia Raquel.
“A Fapema é, de fato, um diferencial que temos no Maranhão”, afirma. “A gestão da professora Rosane Guerra foi um divisor de águas, pois foram criados editais que vemos hoje, com ampla participação, e passamos a ter uma Fapema pujante e sólida”, prossegue.
Em 1993, a UFMA inaugurou o Mestrado em Políticas Públicas, marcando o início da formação de especialistas em políticas públicas para o Maranhão e o Brasil. Dois anos depois, em 1995, foram criados os programas de Mestrado em Engenharia Elétrica e Mestrado em Química, consolidando a oferta de cursos nas áreas de ciências exatas e tecnológicas.
A década de 90 também viu o surgimento de programas com foco em áreas estratégicas para o desenvolvimento social e ambiental. Em 1996, a UFMA criou o Mestrado em Saúde e Ambiente, um passo importante para a formação de profissionais engajados com a proteção do meio ambiente e a promoção da saúde. Três anos depois, em 1999, foi inaugurado o Mestrado em Ciências da Saúde, expandindo a oferta de cursos na área da saúde.
A história da pós-graduação na UFMA se caracteriza por uma busca incessante por ampliar a oferta de cursos de alta qualidade, impulsionando a pesquisa e a formação de profissionais qualificados para o desenvolvimento do estado do Maranhão e do Brasil. “O aumento do número de cursos não cessa, temos 7 novos cursos, já aprovados, que terão início no ano de 2025”, destaca Flávia Raquel.

A evolução da pós-graduação
Ao analisar a evolução do número de estudantes nos cursos de pós-graduação, observa-se um crescimento expressivo no âmbito da UFMA. Desde o início do primeiro curso, em 1988, até 1999, houve um total de 259 pós-graduandos matriculados. Com a ampliação dos cursos, esse número mais que triplicou, alcançando 946 alunos em 2012, dos quais 809 eram de mestrado e 137 de doutorado. Dez anos depois, essa tendência de crescimento se manteve, impulsionada pela criação de novos cursos, atingindo um total de 2.351 matriculados, sendo 1.728 no mestrado e 623 no doutorado.
Outro fator importante na evolução da qualidade é o aumento do conceito CAPES nos cursos de pós-graduação da UFMA. “Em 2009, a instituição oferecia 13 programas, com 13 cursos de mestrado e 3 de doutorado, sendo a maioria avaliada com conceito CAPES 3 e apenas 2 programas com conceito 4 e 1 programa conceito 5”, afirma Flávia Raquel.
Em 2010, o número de programas aumentou para 26, com os programas de Física e Ciências Sociais melhorando suas avaliações, passando de conceito 3 para 4. Ambos os programas também receberam aprovação para oferta de cursos de doutorado. O programa de Políticas Públicas, que anteriormente tinha conceito CAPES 5, obteve nota 6, destacando-se pelo desempenho de qualidade em nível local.
“Hoje, a UFMA conta com 58 programas de pós-graduação, dos quais 52% possuem conceito CAPES 4 ou superior, refletindo o compromisso da UFMA com a excelência acadêmica e a formação de profissionais altamente qualificados em diversas áreas do conhecimento”, pontua Flávia.
Com o apoio da Fundação, houve um aumento substancial no financiamento de pesquisas e na concessão de bolsas de estudo, permitindo a expansão e melhoria dos programas existentes. Em 2006, a FAPEMA disponibilizava cerca de 70 bolsas de mestrado e doutorado para a UFMA. Em 2023, esse número ultrapassou 200 bolsas. “Esse crescimento teve um impacto crucial no desenvolvimento acadêmico e científico da universidade, contribuindo para a melhoria das notas da UFMA nas avaliações da CAPES”, finaliza.
O crescimento da pós-graduação no Maranhão tem sido significativo, especialmente com o apoio da FAPEMA. Nos últimos anos, a Fundação tem investido fortemente em programas de pós-graduação, o que resultou em um aumento tanto na quantidade quanto na qualidade dos programas da UFMA.
Esses esforços conjuntos entre a FAPEMA e as instituições de ensino superior têm contribuído para o crescimento acadêmico, beneficiando tanto os pós-graduandos quanto a comunidade científica do Maranhão.