Estudo de pesquisadores da UFMA mostrou que desafios estruturais e operacionais impactam diretamente a eficiência do serviço
Amanda Araújo
Engenheira ambiental, com MBA em Gestão de Projetos pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
Atua como gerente administrativo do Núcleo de Telessaúde da UFMA, onde supervisiona atividades voltadas à inovação e aprimoramento da gestão na área da saúde digital.
Experiência em gestão de projetos e aplicação de metodologias ágeis, contribuindo para a otimização de processos e a melhoria da eficiência operacional.
O Núcleo de Telessaúde da Universidade Federal do Maranhão (NTS-UFMA) tem se mostrado uma alternativa viável para ampliar o acesso à saúde, reduzir desigualdades e melhorar a eficiência dos serviços prestados. No entanto, desafios estruturais e operacionais impactam diretamente a eficiência do atendimento. Esta é a conclusão de um estudo conduzido por pesquisadores da universidade.
O estudo ‘Processos de gestão do NTS-UFMA utilizando a metodologia SWOT: estudo de caso’, foi conduzido pelos pesquisadores Amanda Rocha Araújo, Humberto Oliveira Serra, Jéssica de Oliveira Sá, Fabio José de Castro e Lima, Gyovanna de Sousa Moreira, Deborah de Castro e Lima Baesse.
O estudo de caso com abordagem qualitativa coletou informações por meio de entrevistas semiestruturadas, com duração de 4 horas cada, em oficinas realizadas de janeiro e fevereiro deste ano.
O objetivo dos pesquisadores foi apontar soluções que melhorem os processos de gestão do NTS-UFMA, utilizando a metodologia SWOT, com o intuito de identificar pontos de melhoria e subsidiar decisões estratégicas para fortalecer as ações de telessaúde no Maranhão. “A análise SWOT se apresenta como uma ferramenta fundamental para compreender os pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças do processo de gestão”, explica a pesquisadora Amanda Araújo.
Pontos fortes e fracos do telessaúde
O estudo revelou que a gestão humanizada, equipe capacitada, infraestrutura adequada, excelentes condições de trabalho, oportunidade constante de aprendizado e liderança presente e comprometida estão entre os principais pontos fortes do serviço oferecido. No entanto, os pontos fracos incluem dificuldade em atingir os públicos de interesse, legado de sistemas, rotatividade de bolsistas e baixa visão de marketing.
A análise também mostrou as oportunidades e ameaças para a prestação do serviço. “Entre as oportunidades, destacam-se parcerias estratégicas, reputação consolidada, avanços tecnológicos, e a crescente demanda por serviços de telessaúde. Já as ameaças incluem mudanças governamentais, rápida evolução e barreiras tecnológicas em algumas regiões do estado”, aponta Amanda.
Os resultados evidenciaram a necessidade de investimentos em capacitação contínua da equipe e estratégias para garantir a sustentabilidade financeira. “A partir dos dados levantados, esperamos que as recomendações contribuam para a melhoria da gestão do NTS-UFMA e para a expansão das ações de telessaúde, promovendo impactos positivos na qualidade dos serviços de saúde ofertados à população”, ressalta Amanda.
O projeto conquistou o segundo lugar no Congresso Saúde para Todos, no eixo “Gestão em Saúde”, promovido pela Escola de Saúde Pública do Maranhão, da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Humberto Oliveira Serra
Doutorado em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília (UnB), mestrado em Medicina (Cirurgia do Aparelho Digestivo) pela Universidade de São Paulo, com graduação na mesma área pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. É professor da UFMA e médico do Ministério da Saúde. Chefe da Unidade de Telessaúde do Hospital Universitário (HUUFMA/EBSERH. Coordenador do Núcleo de Telessaúde da UFMA (Projeto Telessaúde Brasil Redes no Maranhão). Membro da International Society for Telemedicine and eHealth. Foi coordenador da Comissão de Residência Médica (COREME) do HUUFMA e supervisor do Programa de Residência Médica do HUUFMA. Fundador e ex-presidente da Comissão Estadual de Residência Médica do Estado do Maranhão. Foi chefe das Clínicas Cirúrgicas do HUUFMA e do Setor de Tecnologia e Informática do HUUFMA. Foi secretário geral e presidente da Associação Brasileira de Telemedicina e Telessaúde.
Jessica de Oliveira Sá
Cursa Administração (UFMA). Atua como assistente administrativo no Núcleo de Telessaúde da UFMA. Presta suporte administrativo e organizacional nas áreas de gerência administrativa, teleducação e telecomunicação. Suas responsabilidades incluem o planejamento e organização de eventos, redação de atas e textos profissionais, gestão documental, apoio ao planejamento de webpalestras e participação na avaliação e gerenciamento do projeto.
Fábio José de Castro e Lima
Mestrado em Comunicação e Multimídia (Universidade de Aveiro). Graduado em Educação Artística (UFMA) e Computação (Centro Universitário Claretiano). Experiência na área de Educação: Administrador e, UI/UX Design Jr, atuando também como Professor/Tutor e Administrador de Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle, experiência na área de Suporte a Redes de Computadores e Internet.
Gyovanna de Sousa Moreira
Especialista em Regulação em Saúde no SUS pelo Hospital Sírio-Libanês, em Educação Profissional na Área da Saúde (PROFAE) e Residência em Enfermagem Clínica Cirúrgica. Graduada em Enfermagem (UFMA). Enfermeira do HU-UFMA, lotada na Clínica Cirúrgica. É pesquisadora da área de Telessaúde.
Deborah de Castro e Lima Baesse
Doutora em Ciências (Universidade Estadual do Rio de Janeiro). Mestre em Educação (Universidade Estadual do Ceará). Professora da UFMA, no Departamento de Educação. Assessora na Superintendência de Tecnologias na Educação (UFMA). É membro do grupo de pesquisa Tecnologia e Inovação em Educação na Saúde. Foi Secretária Municipal da Criança e Assistência Social do município de São Luís e coordenadora pedagógica da UNASUS/UFMA. Analista de Inovação no Porto do Itaqui, onde também foi Gerente de Comunicação e Responsabilidade Social, Compliance Office e Gerente de Inovação.
