Revista Inovação FAPEMA

EDITAL PLANO MARANHÃO 2050: CIÊNCIA MARANHENSE INTEGRADA A UM PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO

Com investimento histórico de R$ 10 milhões, edital selecionou 71 projetos que visam produtos, tecnologias, serviços e metodologias inovadoras para transformar o estado

Edital Plano Maranhão 2050 selecionou 71 projetos de pesquisa de 17 cidades do estado

O ecossistema científico maranhense vive um momento histórico. Pela primeira vez ele foi integrado a um plano estratégico de desenvolvimento a longo prazo do Estado do Maranhão. E coube à Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA) a missão de incentivar o desenvolvimento de produtos, tecnologias, serviços e metodologias que contribuam com soluções inovadoras para esta transformação.

Este trabalho será feito por meio do edital “Plano Maranhão 2050: Soluções Inovadoras”, o maior em volume de recursos já lançado pela Fundação, com um investimento total de R$ 10 milhões e com um diferencial importante:  20% direcionados especificamente a propostas oriundas do interior maranhense, fortalecendo a descentralização da produção científica. Mais de 600 projetos foram inscritos e 71 foram selecionados.

O edital integra o Plano Maranhão 2050, primeiro plano estratégico de longo prazo do Estado. Lançado em junho de 2024 pelo Governo do Maranhão, o plano objetiva construir estratégias para promover o desenvolvimento e gerar oportunidades para toda a população, de forma articulada com atores do governo, setor privado, sociedade civil e academia. 

Assim, em dezembro de 2024, a FAPEMA, em parceria com a Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento (Seplan), lançou o edital. O resultado final foi publicado em 1º de outubro deste ano, com 71 propostas selecionadas.

“A execução de projetos que tragam soluções inovadoras, que realmente impactem a sociedade maranhense é o foco principal deste edital, em consonância com a política do Governo do Maranhão. É um edital expressivo em número de recursos e pelas parcerias envolvidas, refletindo os esforços contínuos do governo estadual, por meio da Fundação, para o fortalecimento da pesquisa e o desenvolvimento sustentável no Maranhão”, enfatiza o presidente da FAPEMA, Nordman Wall.

O diretor Científico da Fundação, Cristiano Capovilla, explica que como ente público que atua como catalisador das pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação desenvolvidas no estado, a FAPEMA propôs, juntamente com a Seplan, que a busca das metas previstas no Plano MA 2050 fosse operacionalizada a partir de um edital público que envolvesse o conjunto da comunidade acadêmica das universidades e institutos.

“A ideia central foi incluir e mobilizar a inteligência estruturada nessas instituições na execução dos objetivos do Plano, fortalecendo a cultura do planejamento de longo prazo na construção de soluções que atendam às políticas públicas. A comunidade científica atendeu ao chamado da FAPEMA e tivemos mais de 600 projetos inscritos, o que demonstra o envolvimento do setor universitário na participação e execução do Plano. É dessa forma que a FAPEMA está contribuindo ativamente nesse importante processo”, assinala Cristiano Capovilla.

 

Municípios e instituições

Dos 71 projetos selecionados, 39 são de São Luís. Imperatriz teve o segundo maior número de pesquisas contempladas (7), seguida de Balsas (5), Codó (4), Caxias (3) e São João dos Patos (2). São José de Ribamar, Chapadinha, Grajaú, Barra do Corda, Barreirinhas, São Bernardo, Pinheiro, Timon, Bacabal, Matões e Araioses tiveram um projeto aprovado em cada um dos municípios.

Foram contemplados pesquisadores das universidades Federal do Maranhão (UFMA), Estadual do Maranhão (UEMA), Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL); e dos Institutos Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA) e Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA).

Das instituições de ensino superior privadas foram selecionados projetos da Universidade Ceuma, Instituto Florence de Ensino Superior (IFES), Unidade de Ensino Superior Dom Bosco (UNDB), Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão (UNISULMA), Faculdade Pitágoras e Faculdade Anhanguera São Luís (FASL).

Projetos selecionados

Herus Orsano Machado

Um dos projetos aprovados foi o “Capivara Solutions: soluções inteligentes em monitoramento ambiental”, coordenado por Herus Orsano Machado, do IFMA em Timon. “Ser contemplado no edital Plano Maranhão 2050 com o projeto Capivara Solutions representa um marco significativo para o avanço da ciência e da inovação no interior do estado. O reconhecimento da FAPEMA destaca a relevância de investir em iniciativas inovadoras e na valorização dos pesquisadores que atuam fora dos grandes centros, contribuindo diretamente para o fortalecimento do ecossistema científico e tecnológico maranhense”, pontua.

Marcos Antônio do Nascimento

Marcos Antônio do Nascimento, que coordena o projeto de pesquisa “Novas tecnologias avançadas no monitoramento da pressão arterial de crianças e adolescentes: integrando a Inteligência Artificial (IA) na avaliação de riscos à saúde”, da Uema em São João dos Patos, afirma que o financiamento será fundamental para a manutenção da pesquisa, que é pioneira na região.

“Esta nova linha de pesquisa para o grupo nos coloca frente à evolução tão em alta da Inteligência Artificial, proporcionando aos nossos alunos o contato com algo que está na vanguarda da tecnologia e inovação. Com certeza, a execução desse projeto trará excelentes frutos para nossa instituição, cidade e estado”, afirma.

Com recursos do edital Plano Maranhão 2050 estes e outros projetos de pesquisa poderão desenvolver produtos, ferramentas tecnológicas, serviços e metodologias inovadoras nas áreas de saúde, educação, tecnologia, segurança, cultura entre outros. Ou seja, ao buscar soluções para os desafios do Plano, o ecossistema científico do estado edifica diretrizes e estratégias de aplicação prática e criativa do conhecimento acumulado em suas pesquisas e laboratórios. 

Ao auxiliar na resolução de problemas ou aprimoramento de métodos e gestões, a comunidade científica participa mais ativamente do planejamento público, fortalecendo a conjunção estado-universidades, fundamental para abrir para um novo ciclo de inovações e desenvolvimento.

 

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