Revista Inovação FAPEMA

ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO DE AÇAILÂNDIA

Parcerias entre instituições de ensino, de fomento ao empreendedorismo e setor produtivo otimizam ações de inovação

Infraestrutura e parceria foram fundamentais para o ecossistema de inovação

Jessica dos Santos

Professora na UEMASUL – Campus Açailândia, membro de grupo de pesquisa e de comitê de Pesquisa e Inovação desta instituição. Possui graduação (IFMA) e mestrado (UFMA) em Engenharia Elétrica. Atua em áreas como aplicações computacionais com inteligência artificial (IA) e modelagem de sistemas com base em dados.

 

Professor de Biologia do Instituto Federal do Maranhão, Habilitação em Biologia, Mestre em Biologia de agentes Infecciosos e Parasitários pela Universidade Federal do Pará. Tem experiência na área de Saúde Pública, com ênfase em doenças infecciosas e parasitárias, entomologia e trabalhou também com Botânica, com ênfase em Anatomia Vegetal.

A inovação é uma necessidade para as empresas não só atenderem às exigências de mercado, mas também para impulsionar suas vendas, melhorar processos e gerar uma imagem de credibilidade junto ao consumidor e investidores.

Quando empresas, instituições de ensino, centros de pesquisa, investidores, incubadoras, aceleradoras, governos, além de outros atores trabalham de forma colaborativa para criar um ambiente favorável à inovação, o ecossistema fomenta o empreendedorismo.

A infraestrutura, aliada a estas parcerias, por meio do funcionamento de espaços de inovação, também são fundamentais para o ecossistema de inovação. 

Recentemente, em Açailândia, município que fica distante cerca de 560 quilômetros da capital, São Luís, foi inaugurado no dia 29 de outubro, o Centro de Inovação Piquiá da UEMASUL. A Fundação de  Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA) é um dos parceiros na implantação do Centro e disponibilizou recursos no valor de R$ 96.550,00. 

O Centro de Inovação Piquiá está dividido em três partes: A primeira parte trata-se de um espaço compartilhado onde acontecerão oficinas e programas com temas inovadores para estudantes da educação básica; oficinas de inovação social para a comunidade; capacitação de jovens empreendedores e eventos voltados para a inovação; minicursos relacionados às pesquisas desenvolvidas na UEMASUL e encontros empresariais. Um segundo espaço compartilhado será destinado às empresas juniores da UEMASUL e a startups internas e/ou externas em fase de incubação, que trabalharão com foco em inovação aberta. O terceiro é o espaço maker, que vai atender as demandas acadêmicas internas da UEMASUL, das empresas juniores, das startups e da comunidade de modo geral.

Para integrar o Centro de Inovação Piquiá, a UEMASUL de Açailândia está implantando uma rede de laboratórios para pesquisa e desenvolvimento. No local já existe o Laboratório de Inovação em Biotecnologias Construtivas, onde foi feito o primeiro depósito de patente e a primeira transferência de tecnologia do Maranhão, fruto de uma parceria com o Grupo Arboris. A UEMASUL transfere 25% dos direitos do depósito da patente para o Grupo Arboris, ampliando o impacto da pesquisa científica desenvolvida no âmbito universitário.

O investimento na construção do centro faz parte do Edital da FAPEMA para fortalecimento do sistema de inovação no Maranhão. São parceiros da Fundação neste edital,  a Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). 

 

A coordenadora do projeto do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo de Açailândia, Jessica Almeida dos Santos, foi uma das contempladas no Edital Fapema, que tem como principal objetivo a promoção e intermediação de ideias inovadoras e desenvolvimento de novas startups, fazendo uma ponte entre o ambiente acadêmico, as organizações, sociedade e entes do setor público, num ambiente de inovação.

 

Inauguração do Centro de Inovação Piquiá aconteceu no dia 29 de outubro

Ela explicou que a partir da execução do projeto, que inicialmente seria a implantação de um núcleo, o espaço foi transformado em algo maior, que é o Centro de Inovação Piquiá. “A proposta do núcleo deu origem a este centro”, explicou ela.

Obra do hub do mercado.

Além deste Centro, também existe a Fábrica de Inovação do IFMA e o Hub de Inovação do Mercado, que atualmente está sendo reformado pela Prefeitura de Açailândia. O modelo de governança do espaço será constituído por representantes da UEMA Sul, IFMA, Sebrae, Senac, Associação Comercial e Industrial de Açailândia e do próprio Mercado Municipal.

Centro de Inovação conta com Laboratório Maker.

Para a professora Jessica Almeida, estes espaços de inovação fortalecem o ecossistema. “Em Açailândia temos percebido o aumento do número de espaços, como o do Senac, do IFMA, além do aumento de eventos voltados para o ecossistema, como por exemplo a Semana de Tecnologia e Inovação, liderada pela Uema Sul e iniciativas de outras instituições”, ressaltou Jessica Almeida.

Foram realizadas diversas reuniões para implantação do ecossistema de inovação em Açailândia

Parceria – Para contribuir com a implantação deste ambiente de inovação no município de Açailândia,  o professor Dailson Coelho Abreu, coordenou o projeto Açainova – Ecossistema de Inovação, que também fez parte do edital da FAPEMA e foi concluído em 2023. 

Além de proporcionar um espaço oportuno para fomentar o empreendedorismo, o projeto “AçaÍnova: Ecossistema de Inovação”, concluído em 2023, buscou principalmente estabelecer parcerias entre o setor público e privado, a fim de trabalharem permanentemente em cooperação e integração, surgindo assim, um ecossistema funcional para o enfrentamento dos problemas reais do município de Açailândia.

Reunião no espaço de inovação do Sena

Dentre os principais parceiros, o Instituto Federal do Maranhão (IFMA), a Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL), bem como o sistema “S’, representados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). 

 

O professor Dailson Abreu explicou que foram realizadas diversas reuniões e que os recursos da FAPEMA, disponibilizados por meio de uma bolsa, foram fundamentais para a execução do projeto, visto que possibilitou a montagem de  uma equipe voltada especificamente para este trabalho.

“Os integrantes das instituições parceiras tinham outras atividades e não poderiam se dedicar a apenas isso e com a equipe pudemos executar as atividades com mais dedicação e tempo”, ressaltou Dailson. “Existiam muitas iniciativas desconexas e com este trabalho conseguimos reunir e a partir daí, a instituição que iria realizar um evento era auxiliada por todos que participavam das reuniões do ecossistema”, explicou ele.

Reunião no Centro de Inovação Piquiá, da UEMASUL

 

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