Babaçu, melancia, leite de búfala, cultura e turismo de base comunitária foram mapeados pelos estudos
Itaan Santos

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual do Maranhão (1982), mestrado em Agroecologia pela Universidade Estadual do Maranhão (1999) e doutorado em Agronomia pela Universidade Técnica de Lisboa (2011). Desenvolveu o estágio pós-doutoral entre 2021 e 2022 na Universidade Federal do Pará.
O estudo que está sendo realizado na região dos Campos e Lagos Maranhenses identificou os principais bens e serviços territoriais que podem gerar melhoria de qualidade de vida e renda para as famílias da zona rural de forma sustentável. A pesquisa no Maranhão tem como um dos principais objetivos avaliar a metodologia da Cesta de Bens e Serviços Territoriais (CBST).
Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), o projeto tem como título “Inovação e transição sustentável, cesta de bens e serviços em territórios amazônicos”. A pesquisa também está sendo realizada no estado do Pará como forma de comparação de resultados e já foi desenvolvida em Santa Catarina e, parcialmente, no Paraná.
A pesquisa é um dos cinco projetos que estão sendo executados no estado por meio do Programa Amazônia +10, cujos resultados preliminares serão apresentados na COP 30, evento que vai ocorrer de 10 a 21 de novembro, em Belém-PA. A iniciativa é uma parceria entre as Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa do Brasil para coordenar e ampliar o financiamento à pesquisa e inovação na Amazônia Legal.
O pesquisador Itaan Santos, que coordena o plano de trabalho do Maranhão, explicou que nesta primeira etapa, que é o levantamento dos principais produtos e bens territoriais pouco explorados dentro do território, foram utilizados alguns municípios como referência e em especial, o município de Vitória do Mearim.
“Nós estamos na fase que a gente já delimitou tudo isso e estamos avaliando. Fizemos alguns testes para analisar se esses produtos que a gente identificou realmente são efetivos e agora estamos discutindo com o município, tanto do ponto de vista do serviço público quanto do ponto de vista da sociedade civil, para que estes produtos possam ser trabalhados e melhorados e realmente gerem renda para as pessoas”, explicou o pesquisador.
No inventário dos bens e serviços, no caso da pesquisa do babaçu, foi identificado que o fruto é bem menos explorado do que em outras regiões, a exemplo do Médio Mearim, que obtém outros subprodutos, como o sabonete.
Para a melancia, identificou-se que o cultivo nas áreas vazantes que ocorre nos municípios de Arari e Vitória do Mearim em maior quantidade, pode ser potencializado para um número maior de famílias.
O terceiro produto identificado foi o leite de búfala. Foi constatada que existe uma grande quantidade de animais, mas que o leite é pouco tirado e ainda assim não é utilizado para geração de renda, principalmente para pequenos produtores que tem poucos animais.








