O investimento previsto é de cerca de R$ 40 milhões em quatro anos
Por meio do Porto do Itaqui, toneladas de riquezas impulsionam a economia maranhense e fazem do estado referência em administração, infraestrutura, localização, eficiência e logística portuária. Com operação iniciada em 1972, são 50 anos de história contribuindo para a ascensão do Maranhão na economia mundial.
Hoje, a Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP) é o órgão responsável pela gestão do Porto do Itaqui – o que tem proporcionado um novo estágio de eficiência e qualidade nas operações, além do engajamento de pessoas e geração de oportunidade de negócios. Só no mês de setembro, por exemplo, foram movimentadas 3,5 milhões de toneladas em cargas, com uma meta de encerramento do ano com o volume superior a 31 milhões.
O Porto do Itaqui gera cerca de 16 mil empregos diretos e indiretos, atendendo ao Maranhão e a vários outros estados. Suas conexões com importantes ferrovias, como a Estrada de Ferro Carajás, que se interliga com a Ferrovia Norte-Sul e a Transnordestina, fazem do porto um corredor importante para o Centro-Norte do Brasil. Essa abrangência garante mais desenvolvimento e melhora efetivamente a vida das pessoas. Além da geração de trabalho, a atividade portuária impacta no dia a dia, uma vez que parte dos tributos arrecadados se transformam em moradias, hospitais, escolas e outros equipamentos públicos.
Nesse caminho do desenvolvimento, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Maranhão (FAPEMA) mantém firme parceria com o Porto do Itaqui. A atuação conjunta tem resultado em oportunidades, estímulo à promoção de projetos e – o mais importante – inserção efetiva da sociedade nesse cenário. É a garantia da transmissão do conhecimento científico e tecnológico do Maranhão à sociedade, que reforçam as ações de responsabilidade sociocientífica regional.
São várias as iniciativas realizadas como lançamentos de editais, projetos de inclusão estudantil e profissional. O foco dessas ações está em integrar os negócios do ramo portuário com a economia e comunidade local, buscando afirmar a instituição como mobilizadora de outros setores da região, especialmente o social.
Nessa gama de possibilidades, se inserem os diversos projetos executados a partir da parceria FAPEMA e Porto do Itaqui, que, em conjunto, cumprem importante papel social no desenvolvimento desses programas de integração porto-cidade. O diretor-presidente da FAPEMA, André Santos, pontuou os resultados dessa parceria institucional e avaliou os impactos para a pesquisa científica. “Com essas iniciativas, fruto da parceria com a FAPEMA, o Porto do Itaqui terá contribuição ainda mais direta dos pesquisadores, com fins a aprimorar suas atividades e crescer, cada vez mais, como indutor de projetos e de processos de desenvolvimento no Maranhão. É uma oportunidade para pesquisadores, graduados e doutores submeterem projetos em todas as áreas do conhecimento para soluções do ecossistema de portos. O resultado é um maior estímulo ao estudo e pesquisa, a geração de capacitação, conhecimento e, por consequência, de emprego e renda aos maranhenses, além de fortalecer a integração com a sociedade e as cidades”, observa.
O presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP), Ted Lago, destacou a importância da atuação conjunta do Porto do Itaqui e FAPEMA. “Nossa parceria com a FAPEMA tem por objetivo transformar o Maranhão em um grande centro de excelência em pesquisa, conhecimento logístico e desenvolvimento portuário. Para isso, estamos investindo em propostas que venham somar nessa meta. São iniciativas muito promissoras e que vão contribuir para intensificar a relação porto-cidade”, avalia Ted Lago.
Ted Lago citou dois programas em andamento, que têm como proposta impulsionar a pesquisa, estimular os projetos nesse segmento e estreitar a relação com as pessoas. Um deles é o Farol, projeto de residência portuária que selecionou 10 bolsistas no Maranhão. Os contemplados são graduados nas áreas Financeira e Gestão, Comunicação, Design, Tecnologia da Informação e Operação Portuária. O grupo já está em atividade, solucionando desafios das áreas de logística, financeira e engenharia, além de outros temas correlatos à operação portuária. O programa também estimula o processo de construção coletiva do conhecimento.
A outra proposta é o Porto do Futuro, que conecta o Maranhão por meio da participação das universidades na atividade portuária em diversas ações interligadas. Uma dessas iniciativas disponibiliza, até 2025, cinquenta bolsas para mestrado e doutorado. Mais de 70 propostas foram apresentadas. “Houve uma grande mobilização da comunidade acadêmica maranhense para estudar o setor portuário do estado, durante o processo de submissão de projetos. Isso inclui visitas da EMAP nas universidades e de pesquisadores ao porto, além de reuniões online. O resultado foi além das expectativas”, ressaltou Ted Lago.
“Quando fui selecionado, percebi o quanto minha pesquisa é importante para o estado, pois mostra como o crescimento econômico e meio ambiente andam lado a lado. Investir em ciência significa reconhecer a importância dos pesquisadores bolsistas para alimentarem o ciclo de desenvolvimento”, pontuou o geógrafo e mestrando em Meio Ambiente pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Leonardo Azevedo Serra.
Ele foi contemplado no programa Porto do Futuro com a pesquisa “Análise espaço-temporal das áreas de influência do terminal portuário do Itaqui, São Luís – MA: Estudo de caso acerca dos sistemas hídricos e das áreas de preservação permanente”. Ele destaca a importância destas iniciativas. “Os editais Fapema são de grande importância para os pesquisadores, uma vez que a concessão de bolsas de estudo é ferramenta intrínseca e fundamental para a pós-graduação. É uma forma de estimular a qualificação e a permanência do aluno no curso”, avaliou.
Mais iniciativas
Compõe, ainda, o rol de iniciativas, o edital Prêmio Porto do Itaqui, lançado em abril deste ano. Ele tem como objetivo incentivar a produção científica, tecnológica e de inovação nos setores portuário, marítimo e logístico, além de suas cadeias produtivas no Maranhão. São quase R$ 145 mil em prêmios para trabalhos nos temas operações portuárias, meio ambiente, relação porto-cidade, desenvolvimento socioeconômico sustentável, desenvolvimento tecnológico e gestão pública portuária.
Outro edital, lançado em junho, que integra o programa Porto do Futuro, tem como foco o apoio a pesquisas no Porto do Itaqui e destina recursos de R$ 7,4 milhões para financiar projetos de pesquisa e inovação, oportunizando espaço a propostas de todas as áreas do conhecimento. Oitenta e cinco propostas foram apresentadas.
Também em junho, foi concebido o Programa de Intercâmbio Portuário em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), voltado a pessoas e instituições com interesse no setor portuário. O objetivo é promover a troca de experiência internacional, possibilitando intercâmbio entre estudantes dos países latinoamericanos e caribenhos membros do Foro de Ciudades Portuarias de América Latina y El Caribe (FCP/ALC) e maranhenses (incluindo universitários, professores, técnicos, jovens profissionais e funcionários públicos). O programa busca estimular atividades que resultem na maior interação entre universidades, centros de pesquisa e entidades em geral.
Essa integração com a Fapema, mostra que, mais do que nunca, o Porto do Itaqui está aberto para contribuições apontadas pelos cientistas e pesquisadores maranhenses, promovendo o engajamento. Esse cenário tem como meta a solução de problemas, a visão de oportunidades às pessoas e o estreitamento dos laços sociedade e Complexo Portuário do Itaqui.